Ao anunciar o adiamento da primeira etapa da licitação para o Trem de Alta Velocidade (TAV), o ministro dos Transportes, César Borges, garantiu na tarde desta segunda-feira (12/08) que o projeto irá continuar. Será adiada a primeira fase do processo, para escolha do fornecedor da tecnologia, operação do serviço e manutenção do sistema. A segunda fase do leilão, que irá definir as empresas responsáveis pela infraestrutura do projeto, permanece prevista para 2015. A previsão para a entrada em operação em 2020 foi mantida.
Segundo o ministro, o prazo estendido no cronograma em um ano na
primeira fase trará mais segurança e oportunidade a outras empresas
estrangeiras de participar do processo. “Queremos o maior número de
participantes no certame”, disse. O motivo do adiamento foi atender ao
pedido de investidores alemães e espanhóis.
Operação mantida - “Não vamos determinar datas. A previsão de 2020
para entrada em operação continua mantida. O projeto do Trem de Alta
Velocidade é um processo complexo, que nunca foi rápido em qualquer
projeto pelo mundo. Exige detalhamento e a formação dos consórcios para a
disputa. Não existem muitos no mundo inteiro. Se todos viessem ao
Brasil, seriam no máximo cinco”, disse César Borges.
Atualmente, está em curso, pela EPL, o processo de licenciamento
ambiental e de contratação da empresa responsável pelo gerenciamento e
integração dos estudos para o projeto final de engenharia. O processo
para contratação da gerenciadora teve início no dia 5 de março deste ano
com a publicação do edital no Diário Oficial da União.
Segundo o presidente da Empresa Brasileira de Logística (EPL),
Bernardo Figueiredo, também presente ao anúncio desta tarde, a decisão
foi positiva porque não houve pedido de alteração do modelo de
concessão. Ao contrário, as empresas se sentem atraídas pela ausência de
mudanças de parâmetros. Figueiredo reiterou que o adiamento pode ser
adotado sem comprometer o cronograma.
Tecnologia
O projeto é baseado em tecnologia de ferrovia de alta velocidade
genérica, com provisão específica para um traçado dedicado e totalmente
segregado para maximizar a velocidade de operação e assegurar alto
desempenho operacional em termos de confiabilidade e pontualidade,
conforme as características descritas nos demais Estudos. O TAV Brasil
não prevê compartilhamento de qualquer via existente ou que opere
conjuntamente com serviços brasileiros ferroviários ou de metrô
existentes. O traçado do TAV Brasil prevê vias dedicadas para a estação
principal em cada cidade, com o traçado frequentemente localizado em
túneis em áreas urbanas densamente povoadas.
Fonte: Ministério dos Transportes
Publicada em:: 12/08/2013