sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BNDES vai oferecer garantia a debêntures de infraestrutura

Informações e notícias sobre colaborações público-privadas

Objetivo é destravar emissão desses títulos; Rio Bravo e Invepar preparam-se para estrear no mercado.


Após passar por aprimoramentos,as emissões de debêntures de infraestrutura podem finalmente sair do papel. A primeira emissão, que seria feita em maio pela Rodovias Tietê foi  cancelada por falta de demanda.
Essa é a visão de Otávio Lobão Vianna, chefe de departamento de mercado de capitais do BNDES. A emissão da primeira agora pode ser anunciada ainda este ano. “Há muita gente interessada se movimentando no mercado.”

O BNDES aprovou, há duas semanas, a possibilidade de compartilhar garantias de financiamentos e  inadimplemento cruzado (cross default) com debenturistas, com foco em financiamentos de médio e longo prazo, característico do setor de infraestrutura. Os critérios devem seguir os  e  debêntures simples que estejam enquadradas na lei 12.431, que criou incentivos para investidores que queiram financiar projetos de infraestrutura.

A medida provisória 163, que tramita  o Senado e visa aprimorar a lei 12.431, deve ser sancionada em breve pela presidente da República e também deve facilitar os negócios, segundo Esteves Pedro Colnago Jr, diretor de mercado de capitais e setor financeiro do Ministério da Fazenda.

Os principais pontos em discussão são a emissão por holding, a liquidação de compromissos assumidos até 24 meses antes  a emissão e a possibilidade de usar recursos captados para financiar o pagamento de outorga, área que não é financiada pelo BNDES. A MP também aponta que o destino dos recursos  eve ser para expansão e modernizaçao dos ativos.

A Rio Bravo Investimentos tem um Fundo de Participações com foco em projetos de energia renovável e deseja realizar emissões em  té 18 meses, conta Pedro Moraes, executivo de fundos da gestora independente. ”Tomar um empréstimo ponte para financiar a dívida é muito interessante para o investidor, assim como usar recursos para pagamento de outorga”.

Os projetos no fundo de energia da gestora somam R$ 1,9 bilhão. Para o executivo, o novo instrumento deve atrair fundos de pensão e pessoas físicas. ”O setor de energia eólica tem um marco regulatório mais maduro, o que dá tranquilidade para o investidor”.

A Invepar também está analisando algumas oportunidades de operação em debêntures de infraestrutura e, “se tudo der certo, nos próximos meses poderemos ter alguma novidade”, disse Gustavo Rocha, presidente da companhia, sem detalhar a operação.

Para Alessandro Levy, diretor da OHL, as debêntures são um instrumento interessante. “Há cada vez mais interesse no alongamento dos prazos, que hoje já atingem 10 anos. Os  projetos são previsíveis e suportam a inflação”

Rui Gomes, head de project finance do Bradesco BBI, diz que as debêntures devem ser incentivadas, mas existem pontos de atenção para investidor. Enquanto o BNDES costuma fracionar desembolsos para financiamentos por trimestre, conforme os objetivos do projeto são atingidos, com relação a debêntures isso pode  travar ou aumentar taxas. Ele propõe que a debênture seja emitida em uma fase mais avançada do projeto. A customização do papel também pode provocar uma diminuição da liquidez e dificuldade de precificação, diz. 

Colaborou Vanessa Correia


Origem: Brasil Econômico

Procedência: Brasil Econômico

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Governo ouve bancadas sobre a estatal EPL


BRASÍLIA - O governo começou a pôr em prática a estratégia de fazer várias reuniões com as bancadas regionais no Congresso. A ideia é evitar atropelos durante a tramitação da M...

Agências
BRASÍLIA -  O governo começou a pôr em prática a estratégia de fazer várias reuniões com as bancadas regionais no Congresso. A ideia é evitar atropelos durante a tramitação da Medida Provisória 567, que cria a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável por investimentos de R$ 133 bilhões em rodovias e ferrovias.

O parlamento não tem competência para aprovar o plano de concessões do governo, uma prerrogativa do Executivo. Debaterá, porém, a criação da EPL.
Esclarecer as dúvidas dos parlamentares em blocos regionais sobre o Plano de Investimentos em Logística, anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, foi tomada ontem durante encontro da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com os líderes dos partidos aliados do governo.

Presentes ao encontro, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e o presidente da EPL adiantaram que os investimentos vão melhorar o transporte no País inteiro.

"Fizemos uma recomendação para que haja aproximação com a questão da mobilidade urbana, porque há várias questões que têm impacto. Questões dos rodoanéis e ferroanéis", disse Ideli.

A ministra informou que a primeira dessas reuniões regionalizadas será com a bancada do nordeste e ainda esta semana haverá encontro com os deputados do sul. De acordo com Ideli, os parlamentares têm dúvidas sobre quais projetos serão tocados pela EPL e quais continuam ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

DCI 

 23/08/2012 - 00h00 | Atualizado em 23/08/2012 - 01h3