domingo, 25 de março de 2012

2ª audiencia pública da Frente Parlamentar em defesa das Ferrovia Paulista

Prezados Deputados de São Paulo


O lema dos brasões de armas do Estado de São Paulo é “Pro Brasília Fiant Eximia” Pelo Brasil Façam grandes coisas e da cidade é “Non Dvcor Dvco” e a expressão latina quer dizer Não sou Conduzido Conduzo, valoriza a independência das ações desenvolvidas pela cidade e seu papel de liderança no estado e no país, isto representa o pensamento herdado por décadas e séculos no ideário do bandeirante paulista, frutos dos descobridores portugueses para a Europa e da nacionalidade brasileira amalgama da união de vários povos nativos e dos imigrantes de todo o mundo, que inicialmente surgiram com as bandeiras Vicentinas que subiram as escarpa da serra do mar e conquistaram os sertões das Minas Geraes e de Goyaz  através da navegação dos rios no Planalto Paulista e atravessando a Garganta do Embaú na Serra da Mantiqueira em Taubaté (a cidade de Cruzeiro só surge com a ferrovia) e de São Paulo de Piratininga  navegando pelos rios no Planalto Paulista  passando pelo Mato Grosso até a divisa com a Bolívia, e do Pampa Gaúcho chegando a Colônia do Sacramento no Rio da Plata aos Sertões do Piauí.

Ao longo dos séculos estas regiões foram sendo ocupadas, colonizadas e desenvolvendo economicamente foram surgindo cidades, províncias e Estados; com a chegada do Ciclo do Café vindo da Guiana Francesa através do Belém do Pará e do Rio de Janeiro, foi necessário construir as Estradas de Ferros, berço de nossa industrialização como as oficinas da São Paulo Railway na Lapa em São Paulo, as Oficinas da Cia. Paulista e as Oficinas da Mogyana em Campinas; e as Oficinas da Estrada de Ferro Sorocabana em Sorocaba, foram desenvolvendo operários qualificados e para isto foram criadas escolas técnicas como o Liceu de Artes e Ofícios, pelo grande arquiteto Ramos de Azevedo que também é um dos fundadores da Escola Politécnica de engenharia da USP e do IPT Instituto de Pesquisa Tecnológicas, junto com o político e grande engenheiro ferroviário Paula Souza que geraram a industrialização paulista.

 O café gerou riquezas e os investimentos em ferrovias e os ferroviários foram durante décadas depositário em seus armazéns e responsáveis pelo transporte desta riqueza que chegou a ser chamado de ouro negro, para o porto de Santos que fizeram à glória de São Paulo e pagou as contas do Brasil por décadas, sendo importante até hoje na economia e nas exportações brasileiras e viabilizou a fase das substituições das importações industriais.

Infelizmente o Brasil entrou em crise e as ferrovias foram relegadas a ultimo plano e as nossas Ferrovias Paulistas foram desmantelas tanto que gerou uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito pela ALESP Assembléia Legislativa de São Paulo.

Mas uma CPI da ferrovia Paulista não basta se faz necessário pensarmos e planejarmos a recuperação da malha ferroviária paulista e acreditando nisto apoiamos a Frente Parlamentar em defesa das Ferrovias Paulista e em pensando nisto que estivemos presente e apresentamos nossas proposições.

Em 17 de Junho de 2011, nossos blogs estiveram presentes na audiência pública da Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional para a região sudeste que ocorreu na Assembléia Legislativa de São Paulo, é interessante relembrarmos que o Deputado Federal Pedro Uczai por Santa Catarina que luta pela Ferrovia do Frango em seu Estado, organizou e liderou uma ótima Frente Parlamentar das Ferrovias; disse que o evento ocorreu em São Paulo devido a intervenção do Deputado Federal Junji Abe que a trouxe para São Paulo e devido ele ter presenciado o excelente trabalho realizado pela CPI das Ferrovias da Alesp, na qual ele leu todos os relatório produzido, infelizmente pensamos nós, pouco foram as presenças e participação dos deputado estaduais paulista e quando encerrou a frente parlamentar em Brasília em 22 de novembro de 2011 com um grande evento, só ai se iniciou um dia após a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista em 23 de novembro de 2011, quando todos deveriam apoiar a todos em prol das ferrovias brasileiras e paulistas, como fizeram os gauchos em 26 de agosto de 2011 na Assembléia Legislativa do rio Grande do Sul, já que hoje com o advento dos caminhões e sistema rodoviário que são eficientes nas curtas e médias distancia enquanto as ferrovias são eficientes a média e longa distancia e tem função primordiais na ligação de carga entre os estados da federação.

Neste dia apresentamos oficialmente nossa bandeira de luta pela reconstrução da Ferrovia Campinas Belo Horizonte blog Ferrovia Campinas BH com aproximadamente 270 km que pleiteamos juntos as autoridades que sejam estudadas, pois liga mais rapidamente a malha ferrovia sul em bitola estreita métrica com as concessionárias ALL Logística com as malhas de Minas Gerais, norte do Rio de Janeiro, Espírito Santos, Bahia e os Estados do Nordeste através das concessionárias FCA , EFVM e as TransNordestina que tambem são em bitola estreita métrica.

Também apresentamos a proposta de uma ferrovia em bitola estreita aproveitando a via permanente da ferrovia Argentina ligando Uruguaiana no Rio Grande do Sul a Ferrovia Argentina Gal. Belgrano que atinge quase 10.000 km de ferrovias em bitola métrica permitindo que um trem  vindo de Buenos Aires em bitola estreita métrica sem quebra de bitola chegue a Belo Horizonte e aos Estados Nordestino, construindo uma malha ferroviária possível em bitola estreita de longa distancia unindo o Mercosul, lembrando que a EFVM é uma das melhores ferrovia no mundo em bitola estreita métrica e a malha ferroviária japonesa exceto os trem bala,  é em bitola estreita de 1.067 m muita próxima da métrica.

Lembramos da necessidade urgente de construirmos os contornos ferroviários que formam o ferro anel de São Paulo como escrevemos no blog Ferro Anel SP que se transformou no maior gargalo ferroviário e logístico do Brasil e da América Latina colocando em risco a segurança operacional dos trens de passageiro na grande São Paulo, projetos este existente há mais de 50 anos como os que estão arquivados na Secretaria de Transportes e que constava dos planos do governo Estadual “Plano Diretor de Carga da Macro Metrópole de São Paulo” e do governos Federal desde a década de 80 do século passado a quase 30 anos, lembrando que atual linha 9 - Esmeralda da CPTM, era parte integrante do ferro anel da Sorocabana e Fepasa que foi transformada em linha  metro ferroviária de superfície na marginal do rio Pinheiros.

Neste dia apresentamos também a necessidade de trazermos a publico e reestudarmos as proposta do “SITIC - Sistema Interiorizados de Terminais Intermodais de Carga” e do “ETCC Estudo de Carga por Contêiner”, elaborados durante a gestão dos Governos Orestes Quércia que se encontram arquivados em bibliotecas especializadas para isto elaboramos o blog ferrovia intermodal que é para demonstrar a importância de desenvolvermos a revolução intermodal em São Paulo e no Brasil como foram realizados nos EUA e na Europa.

Neste dia 23 de março de 2012, presenciamos a excelente palestra do secretario de Transportes Metropolitano de São Paulo Jurandir Fernandes, que explanou muitas coisas importantes e interessantes que podem dar margem a varias outras audiência temáticas, tal a amplitude dos temas que explanou e que devem ser melhor explicitadas tais como o sistema de trens de passageiro da região metropolitana de Campinas, o detalhamento dos trens regionais para Jundiaí, Sorocaba e Santos que já existiram no passado nas antigas Cia. Paulista, Sorocabana, Mogyana, Santos-Jundiaí e Central do Brasil, o VLT de Santos, e sua aula sobre a importância do governo de São Paulo continuar a comprarmos trens fabricados e montado no Brasil preservando e desenvolvendo a industria nacional e nacionalizando tecnologia ferroviárias bem como os empregos dos trabalhadores e evitando a desindustrialização que ora preocupa os brasileiros e como nossa industria deve se inserir no mercado mundial.

Os deputados puderam expor suas opiniões e claro surgiu os problemas decorrentes das ferrovias de carga e passageiro no interior de São Paulo, as quais foram respondidas pelo secretario Jurandir as perguntas pertinentes a sua secretaria, mas falta fez um representante da secretaria de logística e transporte de Carga que não compareceu e nem enviou representante, a qual representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores Ferroviário da Sorocabana foram enfáticos em cobrar a situação pois foram os que pagaram pelo desmantelamento das ferrovias paulista alem das populações as margens das ferrovias.

Nosso Blogs se fez presente e apresentou as proposta citadas anteriormente como a Ferrovia Campinas BH e lembrou a questão do SITIC e do ETCC. Se existem problemas com as concessionárias, estes problemas são decorrentes da falta de política de transportes para as ferrovias no governo de São Paulo, que deixando de conduzir, esta deixando ser conduzido, pois como lembramos São Paulo precisa urgente reorganizar o Departamento Ferroviário no âmbito da Secretaria Estadual de Logística e Transporte de carga como houve no passado e não deixar para que tudo ocorra com o DNIT no Ministério de Transportes em Brasília, pois nesta secretaria tem Departamento Aeroportuário, Departamento Hidroviário, Departamento Marítimo e claro toda a secretaria funciona para atender o sistema rodoviário, mas não descreve claramente um plano de intermodalidade, essencial para organizar e integrar os diversos sistemas modais; apesar de constar do trabalho do PDDT VIVO 2020 2020– Plano Diretor de Desenvolvimento de Transportes elaborado no Governo Mario Covas pelo seu secretario de transporte e colega de turma da poli eng. Michael  Paul Zeitlin, lembrando que para ter acesso aintegra deste trabalho temos que acessar o site do Ibama em Brasília e este trabalho detalha varias propostas para melhor reorganização do sistema ferroviário paulista inclusive propondo que seja feito um acordo com o governo federal para que a artesp participe no processo de fiscalização das ferrovias paulista, a criação de comitês de transportes, centros logístico integrado que seria a continuidade dos terminais intermodais de carga do SITIC, bem como a implantação de trens expressos, comitê de coordenação intermodal, criação do Fórum Paulista de Transportes e comitês regionais de transportes pra discussão e aprimoramento PDDT, comitê de tecnologia de transportes, viabilização e implantação de centro logístico integrado na região metropolitana de São Paulo, entre outras atividades.

A proposta do PDDT não se coloca como proposta livro, mas algo dinâmico vale a pena ler e estudar bem como solicitar apresentação deste trabalho no âmbito da frente parlamentar das ferrovias, pois significa um trabalho que deve ser desenvolvido e dinamizado no âmbito do governo estadual de São Paulo junto ao governo federal  e as concessionárias.

Durante a apresentação o secretario Jurandir Fernandes sugeriu o nome de Milton Xavier  assessor de Planejamento de Transportes da Secretaria de Logística e Transportes que poderia explicar sobre ferrovias, este notável concidadão atualmente é um dos responsáveis pela elaboração e implantação do túnel submerso sob o canal do porto de Santos e Guarujá que permitirá usar a passagem para que o VLT de Santos alcance o Guarujá. Acreditamos que como indicou o secretario Jurandir é um Professional notável e grande conhecedor dos trabalhos desenvolvidos peloa Secretaria de transportes e o DERSA poderá enriquecer e abrilhantar nossa Frente Parlamentar em Defesa das Ferrovias Paulista expondo projetos e explicando-os.

È interessante observarmos que temos em São Paulo uma plêiade de profissionais de primeira grandeza, entre eles se destacam o Engenheiro Cyro Laurenza ex-presidente da FEPASA que fazia parte de uma equipe e elaborador do SITIC, ETCC e Plano Diretor de Transporte de Carga na Macrometrópole de São Paulo TCM/SP durante o Governo Quércia pela Bupec Consultores Associados para a DERSA, que poderia ser convidado a apresentar o que foi e o que pode ser aproveitado deste conjunto de trabalhos. Bem como profissionais como o Arquiteto e Engenheiro Vicente Bicudo que trabalhando responsável por Markentig e Produtos  da Cia. Teperman  venceu por 27 anos todas as concorrências  de projeto e   também de fornecimento dos interiores dos carros de metrôs  exportando cerca de 120.000 bancos para o  WMATA - Metrô de Washington, 11.000 para o BART - metrô de São Francisco, o Metrô de Sacramento - Los Angeles - California, e o NVTC North Virginia com uma tecnologia até hoje inédita de fiber-glass não inflamável, carbonizando sem dar chama, utilizada nos carros do metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro montados com bancos Teperman, ainda hoje não usada pelos outros trens e metrôs que não utilizam bancos Teperman. A Teperman faliu e a tecnologia está ociosa e disponível.

Muito tem se falado sobre os custos Brasil, sem duvida alguma os problema ocasionados pela falta de uma malha ferroviária eficiente resulta nos problemas logísticos enfrentados no Brasil, aonde os custos logísticos chegam a 20 % enquanto em outros paises os mesmo não chegam à média de 10 %; lembrando que o setor de transporte não agrega valor a mercadoria, apenas custo, mas o setor de transporte é essencial para a movimentação das mercadorias e o indutor do desenvolvimento das riquezas produzidas, enquanto a Macrometrópole de São Paulo tem todo a sua movimentação de mercadoria quase exclusivamente por rodovia, isto ocorre pois de Santos a Região Metropolitana de Campinas passando pela Grande São Paulo e de Sorocaba a São José dos Campos estão num circulo de diâmetro 300 km dentro da faixa econômica do sistema rodoviário, o problema acontece pois ao enviar mercadoria as outras regiões econômicas começa a aumentar os custo da mercadoria e acaba ficando mais vantajoso as outras regiões econômicas importar produtos e mercadorias da Ásia e Europa do que movimentar dentro do próprio Brasil, quando se tem um sistema de transporte intermodal ferroviário rodoviário integrado eficiente dentro do pais, as regiões vão se integrando e produzindo mercadorias a um custo competitivo com outros nações observando as curvas de custo médio do transporte, principalmente agora que estão se formando blocos econômicos e a China vem se desenvolvendo economicamente se transformando na fabrica do mundo.

Nosso Blog acredita que a introdução do sistema da revolução intermodal através da utilização da conteinirização ISO e domestica como fizeram os Norte Americanos e Europeus que facilita a integração técnica entre o sistema rodoviário e ferroviário bem como os portos marítimos e fluviais, junto com as modernas técnica de logística e telemática, como descrevem os trabalhos desenvolvidos pelo GEIPOT no governo Federal durante sua existência e o SITIC Sistema Interiorizados de Terminais Integrados de Carga pela DERSA no Governo Quércia postado em nosso blog. E acreditamos que as outras duas Frentes Parlamentar  de Transportes na ALESP - Assembléia Legislativa de São Paulo a Frente Parlamentar das Hidrovia coordenada pelo Deputado João Caramez presente na audiencia e a Frente Parlamentar de Logistica  coordenada  pelo Deputado Pedro Bigardi devem trabalhar conjutamente pelo desenvolvimento do Transporte multimodal no Estado de São Paulo pelo Bem do Brasil.

 

    Pro Brasilia Fiant Eximia


      Carlos Eduardo do Nascimento

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