quinta-feira, 5 de julho de 2012

Brado estreia no exterior com parceiro argentino






  









Em sua primeira operação internacional, a Brado Logística estabeleceu uma parceria com a argentina LTI. Desde maio, a operadora logística virou representante da empresa brasileira no país vizinho, com foco no corredor Mercosul.

A LTI será responsável pelos serviços de atendimento no transporte intermodal, no terminal ferroviário de Zárate, em Buenos Aires, pela gestão da carga e pela comercialização do frete, além de fazer a ponta rodoviária no território argentino.

As companhias projetam um crescimento de 40% no volume de contêineres transportados pelo corredor com a negociação. Segundo o superintendente da Brado Mercosul, Ricardo Sottomayor, as operações com a Argentina terão participação em torno de 25% na receita total do grupo.

Além de pretender ampliar as operações dentro da própria Argentina, a empresa tem como plano de médio e longo prazo atuar no mercado chileno.
"Consideramos o Mercosul estratégico dentro do grupo. As exportações para a Argentina tiveram uma recaída em função de restrições impostas, mas esperamos certa flexibilização depois da última reunião (do bloco)", comentou Sottomayor.

Já as importações estão aquecidas e, de acordo com o superintendente, os segmentos de minério de ferro, bens de consumo e químico se destacam nas compras brasileiras que integram as operações da Brado.

O interesse da empresa vai na direção oposta de sua controladora, a América Latina Logística (ALL). Conforme mostrou o Valor em reportagem publicada em maio, após suas ferrovias na Argentina terem sido as principais responsáveis pelo prejuízo no primeiro trimestre, a ALL classificou os ativos no país como não estratégicos e avalia "algumas" propostas para vendê-los.

No período de janeiro a março, a ALL apresentou prejuízo de R$ 2,4 milhões, contra lucro de R$ 500 mil um ano antes, resultado influenciado principalmente pelas operações ferroviárias na Argentina - que registraram perda de R$ 9,8 milhões no período. Já a Brado fechou os três meses com lucro de R$ 1,6 milhão, resultado estável na comparação com 2011.

Criada em abril de 2011 pela ALL e pela Standard Logística, a Brado atua no mercado de contêineres via 20 terminais intermodais rodoferroviários, cinco armazéns frigorificados e quatro secos, localizados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso.


Jornal Valor Econômico - 05/07/2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Valec e BID discutem modelo de concessão brasileiro


















Seminario para discutir o modelo de concessão

A Valec realiza nesta semana um seminário interno com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para discutir o modelo ideal de concessão para as novas ferrovias que estão sendo construídas pela estatal – Ferrovia Centro-Oeste (Fico), Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e os trechos em obras da Ferrovia Norte-Sul.  Por ser um evento interno, a  Valec não informou os dias do seminário.

O modelo mais discutido pela Valec é o open access, que permite compartilhar a malha com operadoras diferentes, garantindo o melhor aproveitamento da capacidade da ferrovia. “A ideia é ter um gestor de infraestrutura, assim como na Europa, e a Valec faz a venda da capacidade daquela via. Então se a via tem uma capacidade de 10 ou 15 pares de trens por dia, a Valec fará a venda dessa capacidade”, afirmou o diretor-presidente da Valec, José Eduardo Sabóia Castello Branco.

A estatal ainda busca parcerias com concessionárias internacionais para fazer intercâmbio de experiências para gerenciar as operações. “Por conta do dinamismo alemão, queremos trazer a Deutsche Bahn para nos apoiar em todos esses processos estruturais, de diretoria e de operações”, acrescenta Castello Branco.

A expectativa da Valec é de que, assim que todos os trechos das ferrovias forem concluídos, haja um “grande leilão” para que os interessados nas operações apresentem suas propostas.

Fonte: Revista Ferroviaria  04 julho 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES

ARTIGO

 
Leonardo Lacerda


INTRODUÇÃO
 
 

A definição da localização de instalações em uma rede logística, sejam elas fábricas, depósitos ou terminais de transporte, é um problema comum e dos mais importantes para os profissionais de logística. Sua importância decorre dos altos investimentos envolvidos e dos profundos impactos que as decisões de localização têm sobre os custos logísticos. Caracterizados por um alto nível de complexidade e pelo intensivo uso de dados, os estudos de localização atualmente dispõe de novas tecnologias de informação que permitem tratar os sistemas logísticos de forma efetivamente integrada. 
 
Abaixo são apresentados alguns dos vários exemplos de empresas brasileiras que recentemente realizaram estudos de localização de instalações. Motivadas pela busca de maior competitividade, seja pelo aumento da eficiência na sua operação ou pelo aumento do nível de serviço oferecido, estas empresas têm em comum o fato de terem utilizado modelos computacionais da sua rede logística para auxiliar os estudos de localização das suas instalações. 
 
• Uma indústria de bebidas estava elaborando seu plano de expansão para os próximos anos. As previsões indicavam crescimento de demanda e uma mudança clara no perfil de consumo: em algumas regiões do país certos produtos deveriam ter sua demanda aquecida enquanto outras regiões apresentavam uma tendência de estabilização. Este comportamento, no entanto, era bastante distinto em diferentes regiões do país. A empresa possuía um rede logística com fábricas em vários estados, cada uma sendo capaz de produzir um determinado mix de produtos. A direção da empresa precisava decidir como expandir a capacidade de suas fábricas: se instalaria novas linhas de produção nas fábricas atuais ou se abriria novas fábricas para instalar as novas linhas. Precisava ainda decidir em quais das fábricas existentes deveriam ser feitas as expansões ou em que municípios abrir as novas unidades de produção.

• A recente desregulamentação do setor de distribuição de combustíveis deu liberdade para que as empresas do setor definissem as suas cadeias de abastecimento - anteriormente era o próprio governo, através de agências regulamentadoras, quem definia. Em umas destas empresas a primeira reação foi a revisão do número e localização das suas bases de distribuição, da escolha sobre quais modais utilizar no transporte entre bases e a revisão da própria alocação dos pontos de demanda - os postos - às bases.

• Uma empresa que trabalha com vendas por catálogo e entregas a domicílio, face à crescente concorrência, decidiu aumentar o nível de serviço oferecido, reduzindo o tempo de entrega de seus produtos até os consumidores finais. Além de uma revisão dos seus sistemas de informação, a empresa iniciou um estudo de restruturação da sua rede de distribuição para avaliar quais seriam as modificações necessárias de forma à atender ao nível de serviço desejado: seria preciso abrir novos centros de distribuição mais próximos às zonas de mercado? Neste caso, onde deveriam ser localizados? E qual seria o impacto sobre os custos de estoque e transporte? De quanto seria a redução em tempo de entrega? Valeria a pena? 

 
ESTRUTURA DOS PROBLEMAS DE LOCALIZAÇÃO
 
De forma geral, os estudos de localização tratam do problema de minimizar os custos de uma rede logística, estando esta sujeita às restrições de capacidade das instalações, tendo que atender a uma determinada demanda e devendo satisfazer certos limites de nível de serviço. Os dados de entrada para análise são as previsões de demanda para cada produto, as limitações de capacidade e as taxas de produção, as prováveis localizações da instalações, as possíveis ligações entre elas e os respectivos custos de transporte de cada modal. 
 
A figura 1 abaixo mostra de forma esquemática uma rede logística genérica, onde estão representados seus vários elos: fornecedores, fábricas, centros de distribuição primários, centros de distribuição secundários (ou terminais) e as zonas de demanda. As linhas representam as possíveis ligações entre estes elos, ou seja, os possíveis fluxos físicos entre cada elemento da rede.  O que comumente queremos determinar é : 
 
• Onde as fábricas devem ser localizadas?
• Quais fornecedores deverão ser utilizados?
• Quantos centros de distribuição a empresa deve operar?
• Onde eles devem estar localizados?
• Que clientes ou zonas de mercado devem ser supridos de cada centro de distribuição?
• Que linhas de produto devem ser produzidas ou estocadas em cada fábrica ou centro de distribuição?
• Que modalidades de transporte devem ser usados para suprimento e para distribuição?
 
rede logistica generica - Artigo logística ILOS 
 
Estas questões possuem forte interdependência entre si e não devem, portanto, ser analisadas de forma seqüencial ou segmentada. Na sua análise é preciso considerar os trade-off’s existentes entre as decisões relacionadas ao transporte, ao posicionamento do estoque na rede e ao número e localização das instalações. O que se pretende é obter um solução ótima, que atenda ao nível de serviço desejado ao menor custo total da operação (figura 2).
trade-offs decisoes - Artigo logística ILOS 
 
COMPLEXIDADE  E DIMENSÃO DOS PROBLEMAS
 
Os problemas de localização, tipicamente, possuem uma complexidade bastante alta e envolvem um volume de dados muito grande. A complexidade é devida ao fato de a análise ter que lidar com um conjunto extenso de variáveis de decisão que se influenciam mutuamente. Além disto, o número de possíveis alternativas a serem analisadas e comparadas é muito alto, mesmo para problemas de pequeno porte. Não é incomum ter que se trabalhar com centenas de produtos, centenas de potenciais locais para terminais, centros de distribuição ou fábricas, dezenas de fornecedores, múltiplos modais de transporte e milhares de clientes.

Estes números dão uma idéia do volume de dados a ser manuseado, já que a análise requer informações detalhadas sobre a demanda, custos de transporte, custos e taxas de produção, localização dos clientes, localização dos atuais e prováveis pontos de estocagem e suprimento etc. E aqui começam uma das principais dificuldades na realização destes estudos: na maioria da empresas os dados existem mas não estão estruturados, pois normalmente não existem sistemas de informação voltados para a sua geração. Como conseqüência, cerca de 2/3 do tempo de estudos de localização de instalações são gastos na aquisição e preparação dos dados! 

 
Embora as dificuldades pareçam grandes, atualmente estão disponíveis um grande número de ferramentas computacionais que tornam mais fácil as tarefas de modelagem e otimização do problema e de tratamento da grande massa de dados tipicamente presente nos estudos de localização. É o que abordaremos a seguir. 
 
FERRAMENTAS PARA ANÁLISE
 
Desde a década de 70 já estavam desenvolvidas as bases para as aplicações computacionais de estudos de localização de instalações. Mas os problemas de dimensões práticas, de larga escala, estavam basicamente restritos à comunidade acadêmica ou aos órgãos governamentais, através da utilização de computadores mainframes. Foi muito recentemente, depois da ampla utilização de computadores pessoais dotados de processadores de alta velocidade, que se expandiu o uso comercial de ferramentas  computacionais aplicadas ao problema de localização. 
 
No Brasil a oferta ainda é limitada, mas já se fazem presentes os representantes de algumas das principais empresas fornecedoras de softwares nesta área. No entanto, como as barreiras geográficas não são, neste caso, limitadores tão sérios, pode-se ter acesso aos mesmos produtos disponíveis no mercado internacional. 
 
As opções são muitas e as diferenças começam pelo preço. Variam de US$ 10.000 a US$ 150.000 aparentemente em função da inclusão ou não de consultoria para realização do estudo de localização propriamente dito, do treinamento para operação do sistema ou de suporte pós-venda. 
 
Os softwares em sua maioria possuem modelos pré-determinados de redes logísticas. São modelos genéricos que representam grande parte dos sistema reais. A diferença entre eles está na capacidade de representar os custos e restrições operacionais envolvidos. Praticamente todos consideram os custos de transporte (suprimento, distribuição e transferência), os custos de armazenagem, e os custos de compra ou produção. O mesmo não acontece com os custos de estoque que estão mais relacionados à dimensão temporal, ainda não bem tratada pelos softwares de localização, mais voltados para a dimensão espacial ou geográfica. 
 
As restrições básicas são as restrições de capacidade, que limitam os fluxos de produtos através das instalações, as restrições de demanda e, menos básicas em função de maior dificuldade de modelagem, as restrições de nível de serviço. Estas últimas são geralmente de dois tipos: 
 
• as que limitam o tempo máximo de atendimento através da limitação da distância máxima entre uma zona de demanda e a instalação mais próxima 
 
• as que limitam o número máximo de instalações que podem atender a uma determinada zona de demanda, garantido assim exclusividade de suprimento. 
 
Os softwares de localização, na sua maioria, utilizam interfaces gráficas para, através de menus, controlar e variar parâmetros, rodar o modelo, inspecionar os resultados e gerar relatórios. Uma outra caraterística bastante comum é a possibilidade de visualização dos resultados através de mapas, permitindo assim uma análise mais qualitativa dos resultados, conforme mostrado na figura 3. Oferecem também capacidade de comunicação com sistemas de bases de dados usualmente utilizados, como os gerenciadores de bancos de dados, planilhas eletrônicas, o que facilita o manuseio, preparação e checagem de grandes massas de dados.
visualizacao resultados - Artigo logística ILOS 
Os métodos de solução mais utilizados são os métodos heurísticos, a simulação e a otimização, mais especificamente a programação inteira mista (MIP), sendo esta última a técnica predominante na grande maioria dos softwares. Uma das suas vantagens principais é a capacidade de modelar adequadamente os custos fixos e variáveis de uma rede logística. Além disto, por ser uma técnica otimizante, garante que as soluções encontradas são as melhores possíveis dentro do conjunto de premissas adotadas. Sua principal desvantagem é que, dependendo do tamanho do problema, são necessários longos tempos de processamento, podendo até tornar inviável sua resolução. Os métodos heurísticos, ao contrário, exigem menos recursos computacionais, mas também são menos rigorosos na identificação das melhores alternativas. 
 
ORGANIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE LOCALIZAÇÃO 
 
As possíveis aplicações para os estudos de localização são muito amplas. Se as olharmos em função do nível das decisões, em termos de serem mais estratégicas ou mais operacionais, temos alguns exemplos: 
 
• Nível Estratégico - determinação do número, tamanho e localização de fábricas e depósitos. 
 
• Nível Tático - definição da alocação dos clientes aos centros de distribuição  e dos centros de distribuição às fábricas . 
 
• Nível Operacional - elaboração de planos de contingência, onde se pretende realocar de forma ótima os clientes em caso, por exemplo, da parada de uma linha de produção em uma fábricas.
Por outro lado, os estudos de localização podem ser usadas com objetivos mais exploratórios, quando se deseja avaliar o impacto de mudanças no ambiente de negócios da empresa sobre a sua estrutura de suprimento e distribuição. É o que chamamos de análise de cenários. Um exemplo: 
 
• Privatização de ferrovias e portos:  caso estejam sendo esperadas mudanças no preço praticado e na disponibilidade dos serviços, estas suposições podem ser adaptadas aos modelos através de mudanças nos parâmetros de custo, da adição de novas ligações entre instalações ou de novas possibilidades de escolhas de modais de transporte. Pode-se então rodar o modelo modificado e observar os resultados comparando-se com a situação atual. 
 
As análises paramétricas são também aplicações interessantes, onde se estuda o impacto da variação sistemática de um único fator sobre as variáveis de interesse: por exemplo, pode-se estar interessado no efeito da variação do número de centros de distribuição sobre o custo total. Ou no efeito do aumento da capacidade de produção sobre o custo de transporte. O objetivo das análises paramétricas é o de quantificar relações relevantes para tomada de decisão, através da construção de curvas paramétricas, obtidas através de várias corridas com o modelo. 
 
As ferramentas para realização dos estudos de localização estão disponíveis já há alguns anos e estão cada vez mais acessíveis. Utilizadas com criatividade e inteligência podem revelar grandes oportunidades de redução de custo e melhoria de nível de serviço.

caracteristicas software localizacao - Artigo logística ILOS 
ILOS - Instituto de Logistica e Supply Chain - UFRJ   10 julho 1998

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Centros logísticos tomam o entorno do ABC Paulista



SÃO PAULO - Devido à proximidade do Porto de Santos, a região paulista tem atraído cada vez mais empresas interessadas em investir em centros logísticos. A Retha Imóveis & Serv...

Alex Ricciardi
SÃO PAULO Devido à proximidade do Porto de Santos, a região paulista tem atraído cada vez mais empresas interessadas em investir em centros logísticos. A Retha Imóveis & Serviços é uma delas, e anuncia a abertura de um novo condomínio industrial e logístico em Itapevi (SP). Com cerca de R$ 20 milhões de investimento, o espaço tem sete módulos e 22 docas com pé-direito de 12 metros, próprias para receber qualquer tipo de carreta, explica o diretor da Retha, Marino Mário da Silva.

Outra incorporadora atenta ao setor é a MBigucci, tradicional da região do ABC Paulista. Com aporte de R$ 63 milhões, a companhia abrirá, em breve, o MBigucci Business Park, em Diadema, com portaria blindada e acesso independente para carretas, além de estacionamento interno e externo para carros, caminhões, carretas e ônibus, restaurante e área de convivência.

Segundo a consultoria Colliers International Brasil, a ocupação dos condomínios brasileiros desse tipo deve duplicar neste ano, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no nordeste.


Jornal DCI

04/07/2012 - 00h00

Os centros de distribuição se espalham no entorno paulista


Capital é tida como entroncamento de rotas de transporte de todo o País; Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas abrigam grande parte dos condomínios

Por: Alex Ricciardi
São Paulo


A recente abertura, pela Retha Imóveis & Serviços, de um novo condomínio industrial e logístico em Itapevi (SP) é mais um elemento que consolida o entorno da capital paulista como o grande polo da logística nacional. O empreendimento, batizado de Logical Center Itapevi, ocupa uma área total de 22.724 metros quadrados (11.982,59 m² dos quais de área construída e o restante de espaço livre). Do valor gasto no negócio, 60% foi desembolsado pelo investidor — a Tamboré S.A — e os 40% restantes pela Retha.

O condomínio tem sete módulos com áreas que variam de 1.502 a 1.886 m² e 22 docas com pé direito de 12 metros próprias para receber qualquer tipo de carreta. As obras no local (distante 32 km da cidade de São Paulo) começaram em 2010. “Ao contrário dos outros 17 empreendimentos administrados pela companhia, este será ‘monousuário’. Abrimos uma exceção para o cliente, que assinou um contrato de 10 anos renovável por outros 10”, como relata o diretor da Retha, Marino Mário da Silva. O aporte dos investidores foi de R$ 20 milhões. A Veyance Technologies, fabricante de produtos da marca Goodyear Engineered Products, foi a locadora do condomínio.

Pesquisa

Este mercado, o de galpões para atividades logísticas, parece não estar muito interessado na crise econômica mundial. A ocupação dos condomínios brasileiros do tipo deve duplicar neste ano. Apenas nos primeiros três meses de 2012 foram absorvidos 70% dos 251.450 mil m² deste gênero de construção que foram entregues. Os dados são de uma pesquisa da consultoria Colliers International Brasil. A previsão para o próximo trimestre é de que sejam entregues 619 mil m², dos quais 19% já estão pré-locados.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados responsáveis pela absorção de 89% do total nacional deste tipo de edificação somente no primeiro trimestre do ano. No que tange aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,4% — sendo R$ 19,30 m²/mês o preço médio no País para este tipo de construção.

O mais acentuado incremento da ocupação média de galpões logísticos se deu na Região Norte: 4,9%. Rio de Janeiro e São Paulo acusaram os mais elevados valores pedidos de locação, com destaque para as cidades de Pavuna (RJ) — R$ 29,00 o m² — e Barueri (SP) — R$ 26,10 por m².

Oportunidade

A Retha é uma das companhias que optou pelo entorno da cidade de São Paulo para erguer um condomínio dedicado à logística. Outra é a incorporadora MBigucci, empresa tradicional da região do ABC Paulista. Com aporte de R$ 63 milhões, a companhia abrirá em breve o MBigucci Business Park, em Diadema. O empreendimento terá área total de 36.929,30m², portaria blindada e acesso independente para carretas, além de estacionamento interno e externo para carros, caminhões, carretas e ônibus, restaurante e área de convivência para funcionários. Serão disponibilizados galpões moduláveis para locação com metragens que variam de 885m² a 25.000m², para companhias de diferentes tamanhos.

Para o médio empresário, investir nisto pode ser uma iniciativa rentável. Trata-se de uma demanda que tende a crescer conforme o parque industrial brasileiro espalha-se País afora; para fazer chegar os bens que fabricam a consumidores localizados nos centros urbanos, as companhias precisarão deste tipo de galpão, onde poderão finalizar a montagem de seus produtos e organizar a distribuição. O pequeno investidor tem a alternativa de entrar no setor via fundos de investimento voltados a este tipo de negócio. Pode-se adquirir cotas dos mesmos e depois usufruir dos ganhos de capital gerados pelos complexos logísticos.

Procuram-se terrenos

Como todo negócio, este não é isento de riscos ou desafios. “Um de nossos principais problemas é achar bons terrenos para a construção dos condomínios”, explica Mário da Silva. “A aprovação dos projetos, o alto custo e a baixa qualidade da mão de obra também são dificuldades, além do excesso de impostos que incidem sobre o setor.”

O executivo faz questão de ressaltar que este tipo de instalação hoje é concebida para que cause um mínimo de impacto ambiental. “Nosso empreendimento conta com projeto de iluminação que possibilita que as lâmpadas do mesmo durem de 20 a 30 anos. Não usamos asfalto ou concreto e sim piso intertravado em todo o pátio e ruas de circulação, o que facilita a drenagem da água da chuva, entre outras preocupações.”  Ele finaliza com otimismo a análise de sua área: “Ainda há muito espaço para este produto no País. Não concordo que a crise mundial vá ter algum impacto ou possa prejudicar o crescimento da atividade no Brasil. O setor deve se expandir, já que há demanda no segmento, mas ainda faltam muitos galpões industriais e logísticos de primeira linha.”

Jornal DCI e Panorama Brasil  04 julho 2012  00h00

terça-feira, 3 de julho de 2012

ALL conclui este mês duplicação de trecho na Baixada Santista


A América Latina Logística (ALL) vai entregar até o fim do mês o primeiro trecho da duplicação de 383 quilômetros da ferrovia que vai de Campinas a Santos, no litoral de São Paulo. Orçado em R$ 535 milhões, o projeto faz parte do PAC 2, está sendo tocado em parceria com a Rumo Logística, do grupo Cosan, e vai facilitar o escoamento de açúcar e outras mercadorias produzidas no interior do Estado.


A obra foi dividida em quatro partes e o que está sendo finalizado é um dos trechos mais críticos. Tem 11,5 quilômetros, liga Perequê e Cubatão e custou R$ 26 milhões. Parte do segundo trecho, que tem 48 quilômetros e vai de Embu-Guaçu a Canguera, está em execução e deve ser concluída até o outubro. Nele serão investidos R$ 215 milhões. Os recursos são da Rumo, em troca de garantia de transporte pela ALL. O contrato entre as empresas prevê o transporte de até 9,5 milhões de toneladas de açúcar por ano pela malha paulista.

"A intenção é conseguir ganhos operacionais nesses trechos", diz o diretor de serviços e tecnologia da ALL, Marcos Rodrigues da Costa. Ele conta que uma parte ferroviária de quatro quilômetros depois da Ponte Casqueiro também está pronta e só depende da conclusão da mesma para também poder ser entregue.

A ALL já tem licença ambiental para executar mais 107,3 quilômetros, até Boa Vista, e as obras devem ser iniciadas em dois meses. Entre Embu e Perequê ela ainda depende de licença e a análise do pedido está em andamento. "Pretendemos concluir tudo até julho de 2013" adianta o diretor.

A duplicação de toda a ferrovia deve retirar das rodovias cerca de 1,5 mil caminhões por dia. Com a conclusão do primeiro trecho, a empresa diz que vai ser elevado de 30 para 60 o número de trens em circulação na margem direita e haverá melhorias na produtividade na margem esquerda do porto.

Outro gargalo está no segundo trecho, que tem restrição operacional de 34 trens por dia. Com a duplicação, o número vai saltar para 80. Como há um declive no local, o trecho exige o uso de uma locomotiva extra na subida, chamada de helper. Em alguns momentos a helper permanece no trecho e impede o fluxo de outros trens. Sem a duplicação, a velocidade do transporte, com as paradas necessárias, é atualmente de sete quilômetros por hora. Com a duplicação, ela vai passar para 22 quilômetros/hora.

Jornal Valor     03 julho 2012

Contêiner puxa recorde em Santos

Porto bateu recorde para os cinco primeiros meses do ano, com 38,6 milhões de toneladas, alta de 5,7% sobre 2011

 

A movimentação de contêineres no porto de Santos, maior do país, cresceu 10,2% nos primeiros cinco meses do ano - quase duas vezes o índice global do porto -, chegando a 1,23 milhão de Teus (contêiner de 20 pés), divulgou ontem a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Segundo especialistas, o principal motivo para a expansão foi a migração para o contêiner de cargas tradicionalmente embarcadas soltas no navio, como os grãos. "É uma forma de agilizar os embarques e reduzir o custo de mão de obra [a operação conteinerizada é automatizada] ", afirma o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

Também a necessidade de reposicionar no mercado contêineres usados nas importações estimulou a transferência de mercadorias dos navios graneleiros para os porta-contêineres. "Destacando-se nesse cenário o milho, com crescimento de 60%, e o açúcar, com 41%", afirmou o diretor de desenvolvimento comercial da Codesp, Carlos Kopittke. Ele observa que o açúcar ensacado, antes transportado em navios convencionais, apresentou queda de 48%, ao passo que o açúcar embarcado em contêiner cresceu 41%. A commodity é, ao lado do complexo soja, a principal carga em volume escoada pelo cais santista. Responderam juntas por quase 52% das 25,80 milhões de toneladas exportadas no acumulado do ano até maio.

"A cada dia que passa os portos são mais automatizados e exigem menos mão de obra. No caso do açúcar, embarcar em contêiner foi uma alternativa de reduzir custo para compensar a queda do preço da commodity", analisa Castro.

O porto paulista bateu recorde de movimentação para os cinco primeiros meses do ano. No total, foram escoadas 38,6 milhões de toneladas no período, alta de 5,7% sobre o mesmo intervalo de 2011. Em valores, Santos escoou US$ 47,4 bilhões, o equivalente a 25% da balança comercial brasileira no período.

O destaque foi o aumento da participação das exportações, que representaram 66,8% do volume total de cargas, avanço de quase quatro pontos percentuais em relação a igual período de 2011. Os embarques cresceram 11,3%, para 25,80 milhões de toneladas. Já as importações caíram 4%, encerrando o acumulado até maio em 12,8 milhões de toneladas. A queda foi provocada principalmente pela redução nas descargas das mercadorias de maior participação no fluxo, como carvão, adubo e trigo.

Os embarques do complexo soja foram responsáveis pela escalada das exportações. O salto foi de 39% até maio, com quase 9,7 milhões de toneladas. Castro, da AEB, avalia que o salto nas exportações foi resultado da atração para Santos de parte da soja originalmente programada para sair por Paranaguá (PR). E não crê em comportamento parecido no segundo semestre. Na primeira metade do ano os embarcadores anteciparam as exportações para aproveitar os altos preços da commodity no mercado internacional. "Como Paranaguá está congestionado, ficou muitos dias sem embarcar por conta da chuva, transferiu-se a carga para Santos. A tendência agora é diminuir", diz Castro. Até maio, destaca, as exportações brasileiras em volume cresceram apenas 1%, para 206,7 milhões de toneladas.
jornal valor    03 julho 2012

Estudo sobre Zona de Atividades Logísticas será concluído até junho


Créditos: Carlos Nogueira
                                

A criação da Zona de Atividades Logísticas (ZAL) do Porto de Santos foi discutida ontem, na Codesp. Até o final do semestre, deve ser apresentado um estudo sobre a viabilidade do empreendimento, prevê a Secretaria de Portos (SEP).


O debate sobre a criação da ZAL foi feito pela Advanced Logistic Group (ALG), consultoria contratada pela SEP para planejar a implantação do projeto. Segundo o assessor técnico da Secretaria de Portos, Luís Carlos Montenegro, há um acordo entre a pasta e o governo da Espanha (país onde surgiram as primeiras ZALs) que viabilizou o estudo.

Uma zona de atividades logísticas é uma área onde as cargas movimentadas em um porto podem ser beneficiadas (com agregação de valor) ou simplesmente armazenadas. Montenegro destacou que os trabalhos da ALG ainda estão no início. A intenção da SEP é estudar o conceito espanhol e analisar se ele é aplicável em Santos.

A Tribuna 

Sábado, 26 de fevereiro de 2011 - 07h48

Retroporto de R$ 300 mi deve ter modelo espanhol

SANTOS - Em análise sobre como será implementada, se via arrendamento, parceria público-privada ou concessão, a Secretaria de Portos (SEP), do governo federal, estuda como tira...

 

Alex Ricciardi

SANTOS

Em análise sobre como será implementada, se via arrendamento, parceria público-privada ou concessão, a Secretaria de Portos (SEP), do governo  federal, estuda como tirar do papel a primeira Zona de Atividade Logística (ZAL) do Brasil, obra que envolverá investimentos de R$ 300 milhões e será erguida no litoral paulista, ao lado do Porto de Santos, nos moldes dos retroportos espanhóis.

Com área de 1 milhão de metros quadrados, a meta do espaço é abrigar armazéns e estacionamento e fazer manutenção de caminhões, além de galpões de estoque, etiquetagem e controle de qualidade dos produtos a serem despachados para o resto do País ou exportados. Assim, quando ficar pronta, a região deverá contabilizar ao ano 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).

O consórcio formado pelas empresas Advanced Logistics Group (ALG) e Logística Internacional (ILI) é o responsável para a elaboração do estudo de implementação dessa área de atividades logísticas no entorno do Porto de Santos. "A ZAL virá se somar, não substituir, às demais infraestruturas já existentes de apoio ao porto local", diz Guilherme Esmanhoto, diretor da ALG. "O Porto de Santos movimenta hoje 3 milhões de TEUs ao ano. As estimativas de demanda apontam que o mesmo estará embarcando e desembarcando, em 2025, cerca de 9 milhões de TEUs por ano".

A ZAL será edificada em um local estratégico, na confluência da Rodovia Cônego Domênico Rangoni com a Ilha Barnabé, em área adjacente ao porto. "Uma vez erguida, se a ZAL não estiver totalmente integrada ao restante da infraestrutura portuária de Santos estará fadada ao fracasso", adverte Renato Barco, presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). 

Jornal  DCI   Capa 03 07 2012  00h 00

Retroporto seguirá modelo espanhol

Porto de Santos planeja ter 230 milhões de toneladas por ano em 2025


Por: Alex Ricciardi

Santos


R$ 300 milhões é o valor necessário para que seja erguida no litoral paulista, ao lado do Porto de Santos, a primeira Zona de Atividade Logística (ZAL) do Brasil. Trata-se de uma área de 1 milhão de metros quadrados na qual serão abrigados armazéns, um espaço para estacionamento e manutenção de caminhões (truck center) e principalmente galpões onde mercadorias poderão receber melhorias — etiquetagem e controle de qualidade, por exemplo — antes de serem despachadas para o resto do País ou exportadas. 


Quando a ZAL de Santos ficar pronta, a estimativa é que por ela passem ao ano 2 milhões de TEUs (unidade de contagem, equivalente a um contêiner de 20 pés).

Este projeto, no momento, está na Secretaria de Portos (SEP), do governo federal. O principal debate que lá se desenrola é sobre como a Zona será construída e operada: via arrendamento, parceria público-privada ou concessão. Quando esta decisão sair, tudo estará pronto para que o Brasil tenha sua ZAL, a exemplo das de Barcelona e Sevilha, ambas na Espanha e conhecidas como algumas das mais eficientes do mundo em sua categoria.
O paralelo com estas Zonas de Atividade Logística ibéricas não é gratuito. A ideia de se erguer algo semelhante no Brasil nasceu quando, no final de 2010, o valor de 182 mil euros foi disponibilizado pelo Fundo de Estudo de Viabilidade do governo espanhol ao consórcio formado pelas empresas Advanced Logistics Group (ALG) e Logística Internacional (ILI) para a elaboração de um estudo de implementação de uma área de atividades logísticas no entorno do Porto de Santos. A intenção era (e é) criar no País algo na linha destes grandes retroportos que são as ZALs das cidades portuárias espanholas.

“A Zona de Atividade Logística de Santos virá se somar — não substituir — às demais infraestruturas já existentes de apoio ao porto local”, adverte Guilherme Esmanhoto, diretor da ALG. 

“O Porto de Santos movimenta hoje 3 milhões de TEUs ao ano. As estimativas de demanda apontam que o mesmo estará embarcando e desembarcando, em 2025, cerca de 9 milhões de TEUs ao ano. Tudo o que se puder construir até lá será benvindo para dar conta de tamanha carga.”

Ilha Barnabé

A ZAL será edificada em um local estratégico de Santos, na confluência da rodovia Cônego Domênico Rangoni com a ilha Barnabé. É uma área de crescimento natural do porto, por ser adjacente ao mesmo. Renato Barco, presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), adverte: “Se a ZAL, uma vez erguida, não estiver totalmente integrada com o restante da infraestrutura portuária de Santos, estará fadada ao fracasso”.

Uma Zona de Atividade Logística é usada principalmente no transporte de produtos industriais, bem como para que se agregue valor aos mesmos. Grãos ou minérios, por exemplo, terão pouco espaço ali, pois trata-se de commodities que dificilmente são conduzidas através de contêineres. Já alguns equipamentos que servirão à exploração do óleo presente na camada pré-sal do leito oceânico das águas territoriais brasileiras podem vir a ter na ZAL uma base de apoio para seu embarque rumo às plataformas de petróleo. Mas o processamento de itens industriais diversos será mesmo a grande vocação do empreendimento.

A construção da Zona, enfim, será vital para que Santos venha a movimentar, conforme previsto, 230 milhões de toneladas de carga por ano em 2025. “Depois de implantada, a ZAL será o pulmão do porto”, diz Barco.

Oportunidade

A depender do modelo pelo qual a SEP optar para a construção e operação da ZAL, empreendedores terão nela boas chances de negócios. A escolha do arrendamento, por exemplo, pressupõe justamente o arrendamento de áreas dentro da Zona nas quais companhias se encarregarão de erguer instalações e, nelas, oferecer seus serviços. Considerando a extraordinária movimentação econômica que se aguarda para o porto de Santos nos próximos 20 anos, esta pode ser uma oportunidade única de extrair bons retornos a partir de um investimento inicial suportável para o empresário de médio porte.

Aportes

A ZAL parece não ser a única novidade logística prevista para a região de Santos. Mais madura do que ela, por exemplo, está a construção de um canal que permitirá a chegada, via barcaças, de matéria-prima para a Carbocloro — uma planta industrial de produção de cloro que já está em operação. “Com cerca de R$ 2 milhões nós já seremos capazes de fazê-lo”, afirma Barco.

Uma das companhias de logística que atuam ali, a Libra, vai colocar em 2012 perto de R$ 102 milhões no Porto de Santos — R$ 69 milhões em infraestrutura e o restante em equipamentos. Outra grande player, a Copersucar, aplicou em sua infraestrutura local R$ 10,5 milhões em 2011 e planeja injetar outros R$ 60 milhões em 2012, ao passo que a Brasil Terminal Portuário (BTP) projeta investir R$ 408,7 milhões neste ano em suas instalações santistas. “Tanto a área do Porto de Santos quanto seu entorno têm de ser desafogadas da elevada concentração de equipamentos e mercadorias pelas quais passam, e estamos investindo nisto”, finaliza Barco.


 Fonte : Panorama Brasil     03/07/2012 - 00h00

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Libra Logística inaugura serviço de transporte ferroviário entre Santos e Campinas

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A Libra Logística inaugura  hoje (29) o transporte ferroviário de contêineres entre a Libra Logística Valongo no Porto de Santos e o Porto Seco da Libra Logística Campinas. A iniciativa faz parte da parceria com a Brado Logística e tem o objetivo de contribuir para o fomento da multimodalidade, proporcionando soluções de logística sustentáveis e eficientes.




Sebastião Furquim, diretor geral da Libra Logística afirma que esta ação é uma busca de solução para o congestionamento no porto, além de proporcionar custo mais baixo e menos emissão de CO2. “Esta iniciativa representa o esforço em adequar nossas ações ao crescimento contínuo de cargas. Acreditamos que até um ano devemos transportar 24 mil contêineres”, ressalta o diretor.

Com o novo serviço, o transporte de contêineres por trem destinados à parte direita do Porto de Santos será facilitado, pois a maior parte das cargas de contêineres que acessam o porto por ferrovia é destinada ao lado esquerdo.

A frequência de viagens será semanal, sempre às sextas (Santos x Campinas) e terças (Campinas x Santos) e poderão ser transportadas cargas gerais – secas ou refrigeradas – não perigosas, acondicionadas em contêineres de 20’, 40’ ou 40’ HC. Serão atendidos fluxos de importação e exportação incluindo a retirada ou devolução de contêineres vazios em Santos.

Da Redação

  Portos e Logística Sex, 29 de Junho de 2012 08:36










Presidente do Tecondi pede investimentos para melhorar acesso ao Porto de Santos

Sérgio Aquino, Luís Opice e Bechara Abdala Neves 
debateram os acessos ao Porto de Santos

“Liguem na Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) e peçam que coloquem em prática os projetos que o governador apresenta quando vem à Santos”. A declaração é do novo presidente do Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi), Luís Augusto de Camargo Opice, e foi dita ao defender, na tarde de ontem, a necessidade de investimentos do governo estadual nos acessos ao Porto de Santos.

Esses investimentos foram pedidos pelo executivo durante sua participação no 7º Fórum Brasil Comexlog, realizado no Clube de Regatas Vasco da Gama, na Ponta da Praia, em Santos.

Opice, que era vice-presidente do Tecondi, assumiu a presidência da empresa na última sexta-feira. Esta foi a primeira mudança no terminal após a compra de 100% das ações pelo grupo EcoRodovias.

A grande queixa do executivo gira em torno da demora na implantação de projetos e medidas pela agência reguladora. O acesso ao cais santista é visto com grande preocupação pelo presidente do Tecondi.

Além do executivo, discutiram o tema o ex-secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, Sérgio Aquino, e o presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Bechara Abdala Pestana Neves.

A necessidade do desenvolvimento e da implantação de projetos que priorizem os acessos ao Porto de Santos também foi debatida pelo presidente em exercício da Codesp, Renato Ferreira Barco, pelo gerente de Relações Institucionais da MRS Logística, José Roberto Lourenço, e pelo diretor-superintendente da Ecovias, José Carlos Cassaniga.

A concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) destacou a construção de um anel viário capaz de ampliar a capacidade da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-55). As obras, que devem começar em outubro próximo, terão 24 meses de duração e custarão R$ 328 milhões.

Mesmo com investimentos da iniciativa privada no modal rodoviário, a necessidade de revisão da matriz de transporte ainda é um tema de constantes discussões entre os envolvidos na operação portuária.

Ferrovias

Barco destacou a importância de se aumentar a movimentação de produtos através do transporte ferroviário para que o Porto consiga suprir a demanda de cargas, que deve chegar a 230 milhões de toneladas ao ano em 2024, segundo projeções. No ano passado, 58,9% das cargas que chegaram ao complexo foram trazidas através do modal rodoviário, enquanto apenas 21,5% tiveram as ferrovias como modal utilizado. Outros 8,7% foram transportas por dutos.

“Esta questão (do modal ferroviário) é fundamental para nós fecharmos a nossa equação no Porto de Santos. A acessibilidade que temos hoje é incompatível com a capacidade de movimentação de cargas dentro do porto organizado”, explicou o presidente.Segundo Renato Barco, as intervenções necessárias devem ser feitas com investimentos compartilhados entre os governos municipais, estadual e federal. Uma saída apontada pelo presidente da Codesp é utilizar estratégias semelhantes às adotadas em portos europeus e americanos.

É preciso melhorar e facilitar o transporte de contêineres em double-stack (dois contêineres empilhados), que traz um ganho enorme em termos de movimentação de carga. Isso vai requerer, provavelmente, um piso com outra dimensão, ajustes nos túneis e alargamentos. Estas são medidas importantes que não nascem da noite para o dia”, destacou o presidente em exercício da Codesp.


Fonte :  A Tribuna    de Santos - 28 de junho 2012