Seminário discute o principal gargalo para o desenvolvimento do Brasil: transporte e logística
Através da Conteinerização e da Intermodalidade com o sistema Rodoviário e os Portos, como é nos Estados Unidos e a Europa... |
A Frente Parlamentar Mista Para o Fortalecimento da Gestão Pública promove, nos próximos dias 23 e 24 de outubro, o Seminário de Gestão de Transporte e Logística com o objetivo de mobilizar partidos, setores e comunidade para um equacionamento do problema técnico, econômico e político buscando modernizar e integrar este setor que é, sem dúvida, a estrada que nos levará ao primeiro mundo.
O que se pretende é identificar os problemas, propor possíveis soluções e sugerir rumos e
estratégias e, finalmente, o investimento, suas fontes e a forma de
gestão aconselhável.
Tudo isso a partir de um amplo debate que envolva
Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade para eliminar este
verdadeiro gargalo ao nosso progresso. O ministro dos Transportes Paulo
Passos confirmou presença no evento e enfatizou a firme disposição da
presidente Dilma Rousseff de eliminar os estrangulamentos do setor de Transportes e criar uma logística apta à exportação e ao escoamento da produção.
Além do debate dos problemas específicos dos setores rodoviário,
ferroviário, fluvial, aéreo, marítimo e portos, de transporte por dutos -
que representa hoje percentual expressivo da movimentação de cargas
sólidas e de combustíveis - e outros, o Seminário se debruçará sobre
temas gerais.
Dentre eles, destaca-se a questão financeira em que, além dos recursos públicos, temos que mobilizar os da iniciativa privada via concessões e Parcerias Público-Privadas que permitirão remodelar, em médio prazo, nossas estradas. Essa iniciativa já está prevista Programa de Investimento em Logística lançado em agosto último pelo Governo Federal.
Dentre eles, destaca-se a questão financeira em que, além dos recursos públicos, temos que mobilizar os da iniciativa privada via concessões e Parcerias Público-Privadas que permitirão remodelar, em médio prazo, nossas estradas. Essa iniciativa já está prevista Programa de Investimento em Logística lançado em agosto último pelo Governo Federal.
“A
logística brasileira é um dos fatores que emperram o crescimento
econômico e encarecem nossos produtos no mercado interno e no mercado
externo. Precisamos transformar o sistema logístico do nosso País em
algo estimulante e capaz de pesar menos no custo Brasil”,
acredita o deputado federal Luiz Pitiman, presidente da Frente
Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública.
De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria, o
transporte de uma tonelada de soja produzida no norte de Mato Grosso
para Xangai, na China, passando pelo Porto de Santos, pode chegar a US$
180. Em comparação, levar uma tonelada de soja de Davenport, nos Estados Unidos, para a mesma cidade chinesa custa US$ 108.
Na fazenda, o
produto brasileiro é mais barato, mas acaba se tornando mais caro por
causa da deficiência logística. O custo do transporte representa 19% do
valor final do produto americano, comparado a 30% do brasileiro.
Segundo estudos da Fundação Dom Cabral, a falta de investimentos
públicos no setor de logística - portos, aeroportos, rodovias e
ferrovias - já provoca perdas da ordem de US$80 bilhões ao ano às
empresas brasileiras. Vê-se, portanto, que o transporte tornou-se um estrangulamento limitando a agricultura, mineração e indústria e,
principalmente, a competitividade. Nas próprias áreas urbanas, ele é
hoje um fator negativo na qualidade de vida.
O problema não é somente de recursos, mas de gestão e articulação dos modais e otimização logística. Ele é visível nos fretes elevados, nas limitações das
exportações e, sobretudo, na elevação de custos industriais, sem falar
nas milhares de vidas perdidas ano a ano no trânsito. Anualmente, as
vítimas nas estradas são dez vezes os mortos na Guerra do Paraguai e cem
vezes a de nossos heróis na Segunda Guerra Mundial.
Hoje cerca de 60% de toda a carga movimentada no país utiliza as
rodovias para atingir o destino final, seja nos mercados de distribuição
interna, seja nos portos, para exportação. Pela malha ferroviária
brasileira passam cerca de 20% da produção do país. Um desperdício,
considerando que temos uma ferrovia que liga os principais pontos, onde
está 70% do PIB brasileiro, praticamente sem uso.
Países continentais
como o Brasil tem um modal mais competitivo. A Rússia tem 81% da carga
com transporte ferroviário. O Canadá, 46%, e os Estados Unidos, 43%. O
Brasil fica com 25%, jogando o peso dos transportes em 65,6% nas
rodovias. O modal aquaviário responde por 11,4% o dutaviário apenas
3,5%. O transporte aéreo representa apenas 0,1%.
Nas últimas décadas, deixamos de criar alternativas a esse modal de
transporte, o rodoviário, que nem sequer mantemos em boas condições. De
acordo com a Confederação Nacional do Transporte, dos 92.747 km de
rodovias asfaltadas, mais da metade estava, em 2011, em condição
regular, ruim ou péssima. Apenas 12,6% das estradas estão em bom estado.
Hoje, o que temos é uma malha rodoviária precária, quase arcaica, se
comparada com outros países, sem locais de repouso, sem policiais
rodoviários suficientes para a fiscalização e sem a garantia de o mínimo
de segurança.
“Temos
que discutir os problemas, eliminando os estrangulamentos, fortalecer o
setor de transportes, via uma gestão inteligente, abrindo caminhos para
o primeiro mundo”, disse o presidente
da Frente Parlamentar de Gestão Pública, Luiz Pitiman.
PARTICIPAM DO EVENTO:
Congresso Nacional, Governo Federal, Governos
Estaduais, Instituições e sindicatos, empresas públicas e privadas,
agentes financeiros, especialistas, estudantes e outros.
DOZE GRUPOS TÉCNICOS DEBATEM:
transporte rodoviário; transporte
ferroviário; transporte fluvial; transporte marítimo e portos;
transporte aéreo e aeroportos; transporte por duto; transporte de água e
eletricidade; fontes de recursos, concessões e parcerias; treinamento e
mão de obra; transporte urbano; gestão, integração e logística; meio
ambiente e sustentabilidade.
REALIZAÇÃO:
Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão
Pública, Instituto JK, Escola de Administração Fazendária (ESAF) e
Instituto Brasileiro de Administração (IBA)
PARCEIROS:
Ministério dos Transportes (Governo Federal), Furnas
(Eletrobrás), Transpetro (Petrobrás), Confederação Nacional do
Transporte (CNT), Confederação Nacional das Indústrias (CNI),
Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional de
Transportes Urbanos (CNTU), Confederação Nacional do Comércio (CNC),
Caixa Econômica Federal, agência reguladoras como ANTT, ANTAQ, ANEEL,
ANAC, e outros.
SOBRE A FRENTE:
O debate sobre a qualidade da gestão no setor
público pode ser um ponto de partida para o Brasil que quer crescer de
forma eficiente, transparente e racional. A sociedade brasileira reclama
cada vez mais dos serviços precários e de má qualidade prestados pelo
Estado, da falta de políticas públicas eficazes, do excesso de
burocracia, além do desperdício, má aplicação e desvio dos recursos
públicos. Por isso, é chegado o momento da priorização da gestão
pública. E uma gestão pública eficiente passa pela diminuição efetiva da
desburocratização – base para qualquer trabalho de otimização do
serviço público -, passa pela profissionalização e modernização de
recursos materiais e humanos e pela busca incessante de um Estado
produtivo pleno, onde os recursos públicos sejam aplicados com
transparência, racionalidade e eficácia.
É dentro desse paradigma que o Congresso Nacional lançou, em junho, a
Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Gestão Pública, sob a
presidência do deputado federal Luiz Pitiman (PMDB-DF). Esta Frente tem
uma estrutura diferenciada das demais que já surgiram no Congresso
Nacional.
O grupo é heterogêneo, composto por oposição e base
governista: tem um presidente e cinco vice-presidentes - os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Kátia Abreu (PSD-TO), e
os deputados Ricardo Berzoini (PT-SP) e Hugo Leal (PSC-RJ) - e é
composta por onze coordenadorias setoriais nacionais, responsáveis por
temas considerados prioritários.
“Trabalhando
bons exemplos e viabilizando a implementação de soluções inovadoras
seremos capazes de tornar o Brasil um país moderno e competitivo, gerido com transparência.
A ideia é exercer a representação política e promover a participação da
sociedade e dos poderes Executivo e Judiciário na elaboração de novos
marcos regulatórios que contemplem o aprimoramento e modernização da
gestão pública brasileira”, afirma Pitiman.
PROGRAMAÇÃO:
• Dia 23 de outubro
Local: auditório Nereu Ramos – Câmara dos Deputados
8h30: Café da manhã
9h00 às 11h: Abertura do seminário com a presença do ministro dos
Transportes e apresentação dos objetivos gerais e dos temas e
conferencistas do evento
11h30: Descolamento da Câmara dos Deputados para a ESAF
Local: Escola de Administração Fazendária
14h00 às 16h00: Debates
16h00 às 16h30: Coffee break
16h30 às 18h00: Debates
• Dia 24 de outubro
Local: Escola de Administração Fazendária (ESAF)
08h00: Descolamento da Câmara dos Deputados para a ESAF
08h30: Café da manhã
09h00: Debates
11h00: Encerramento
11h30: Descolamento da ESAF para a Câmara dos Deputados
Fonte: Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Gestão Pública
Publicada em:: 19/10/2012Comentário do Blog Ferrovia Intermodal, novamente o mesmo problema, não se comenta nada sobre Conteinerização e Intermodalidade; que são os fatores básico para integração dos modais, enquanto o sistema de transporte Norte Americano e Europeu já desenvolveram e impĺantram desde a década de 80...
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