sábado, 20 de outubro de 2012

Frente Parlamentar Gestão Pública discute transporte e logística


Seminário discute o principal gargalo para o desenvolvimento do Brasil: transporte e logística

Através da Conteinerização e da Intermodalidade com o sistema Rodoviário e os Portos, como é nos Estados Unidos e a Europa...




A Frente Parlamentar Mista Para o Fortalecimento da Gestão Pública promove, nos próximos dias 23 e 24 de outubro, o Seminário de Gestão de Transporte e Logística com o objetivo de mobilizar partidos, setores e comunidade para um equacionamento do problema técnico, econômico e político buscando modernizar e integrar este setor que é, sem dúvida, a estrada que nos levará ao primeiro mundo.

 O que se pretende é identificar os problemas, propor possíveis soluções e sugerir rumos e estratégias e, finalmente, o investimento, suas fontes e a forma de gestão aconselhável.

Tudo isso a partir de um amplo debate que envolva Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade para eliminar este verdadeiro gargalo ao nosso progresso. O ministro dos Transportes Paulo Passos confirmou presença no evento e enfatizou a firme disposição da presidente Dilma Rousseff de eliminar os estrangulamentos do setor de Transportes e criar uma logística apta à exportação e ao escoamento da produção.

Além do debate dos problemas específicos dos setores rodoviário, ferroviário, fluvial, aéreo, marítimo e portos, de transporte por dutos - que representa hoje percentual expressivo da movimentação de cargas sólidas e de combustíveis - e outros, o Seminário se debruçará sobre temas gerais.


Dentre eles, destaca-se a questão financeira em que, além dos recursos públicos, temos que mobilizar os da iniciativa privada via concessões e Parcerias Público-Privadas que permitirão remodelar, em médio prazo, nossas estradas. Essa iniciativa já está prevista Programa de Investimento em Logística lançado em agosto último pelo Governo Federal. 

De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria, o transporte de uma tonelada de soja produzida no norte de Mato Grosso para Xangai, na China, passando pelo Porto de Santos, pode chegar a US$ 180. Em comparação, levar uma tonelada de soja de Davenport, nos Estados Unidos, para a mesma cidade chinesa custa US$ 108. 

Na fazenda, o produto brasileiro é mais barato, mas acaba se tornando mais caro por causa da deficiência logística. O custo do transporte representa 19% do valor final do produto americano, comparado a 30% do brasileiro.

Segundo estudos da Fundação Dom Cabral, a falta de investimentos públicos no setor de logística - portos, aeroportos, rodovias e ferrovias - já provoca perdas da ordem de US$80 bilhões ao ano às empresas brasileiras. Vê-se, portanto, que o transporte tornou-se um estrangulamento limitando a agricultura, mineração e indústria e, principalmente, a competitividade. Nas próprias áreas urbanas, ele é hoje um fator negativo na qualidade de vida.

O problema não é somente de recursos, mas de gestão e articulação dos modais e otimização logística. Ele é visível nos fretes elevados, nas limitações das exportações e, sobretudo, na elevação de custos industriais, sem falar nas milhares de vidas perdidas ano a ano no trânsito. Anualmente, as vítimas nas estradas são dez vezes os mortos na Guerra do Paraguai e cem vezes a de nossos heróis na Segunda Guerra Mundial.

Hoje cerca de 60% de toda a carga movimentada no país utiliza as rodovias para atingir o destino final, seja nos mercados de distribuição interna, seja nos portos, para exportação. Pela malha ferroviária brasileira passam cerca de 20% da produção do país. Um desperdício, considerando que temos uma ferrovia que liga os principais pontos, onde está 70% do PIB brasileiro, praticamente sem uso.

Países continentais como o Brasil tem um modal mais competitivo. A Rússia tem 81% da carga com transporte ferroviário. O Canadá, 46%, e os Estados Unidos, 43%. O Brasil fica com 25%, jogando o peso dos transportes em 65,6% nas rodovias. O modal aquaviário responde por 11,4% o dutaviário apenas 3,5%. O transporte aéreo representa apenas 0,1%.

Nas últimas décadas, deixamos de criar alternativas a esse modal de transporte, o rodoviário, que nem sequer mantemos em boas condições. De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, dos 92.747 km de rodovias asfaltadas, mais da metade estava, em 2011, em condição regular, ruim ou péssima. Apenas 12,6% das estradas estão em bom estado.

 Hoje, o que temos é uma malha rodoviária precária, quase arcaica, se comparada com outros países, sem locais de repouso, sem policiais rodoviários suficientes para a fiscalização e sem a garantia de o mínimo de segurança.


PARTICIPAM DO EVENTO:

Congresso Nacional, Governo Federal, Governos Estaduais, Instituições e sindicatos, empresas públicas e privadas, agentes financeiros, especialistas, estudantes e outros. 

DOZE GRUPOS TÉCNICOS DEBATEM:

transporte rodoviário; transporte ferroviário; transporte fluvial; transporte marítimo e portos; transporte aéreo e aeroportos; transporte por duto; transporte de água e eletricidade; fontes de recursos, concessões e parcerias; treinamento e mão de obra; transporte urbano; gestão, integração e logística; meio ambiente e sustentabilidade.

REALIZAÇÃO:

Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública, Instituto JK, Escola de Administração Fazendária (ESAF) e Instituto Brasileiro de Administração (IBA)

PARCEIROS: 

Ministério dos Transportes (Governo Federal), Furnas (Eletrobrás), Transpetro (Petrobrás), Confederação Nacional do Transporte (CNT), Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional de Transportes Urbanos (CNTU), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Caixa Econômica Federal, agência reguladoras como ANTT, ANTAQ, ANEEL, ANAC, e outros.

SOBRE A FRENTE:

O debate sobre a qualidade da gestão no setor público pode ser um ponto de partida para o Brasil que quer crescer de forma eficiente, transparente e racional. A sociedade brasileira reclama cada vez mais dos serviços precários e de má qualidade prestados pelo Estado, da falta de políticas públicas eficazes, do excesso de burocracia, além do desperdício, má aplicação e desvio dos recursos públicos. Por isso, é chegado o momento da priorização da gestão pública. E uma gestão pública eficiente passa pela diminuição efetiva da desburocratização – base para qualquer trabalho de otimização do serviço público -, passa pela profissionalização e modernização de recursos materiais e humanos e pela busca incessante de um Estado produtivo pleno, onde os recursos públicos sejam aplicados com transparência, racionalidade e eficácia.

É dentro desse paradigma que o Congresso Nacional lançou, em junho, a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Gestão Pública, sob a presidência do deputado federal Luiz Pitiman (PMDB-DF). Esta Frente tem uma estrutura diferenciada das demais que já surgiram no Congresso Nacional.

 O grupo é heterogêneo, composto por oposição e base governista: tem um presidente e cinco vice-presidentes - os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Kátia Abreu (PSD-TO), e os deputados Ricardo Berzoini (PT-SP) e Hugo Leal (PSC-RJ) - e é composta por onze coordenadorias setoriais nacionais, responsáveis por temas considerados prioritários.

“Trabalhando bons exemplos e viabilizando a implementação de soluções inovadoras seremos capazes de tornar o Brasil um país moderno e competitivo, gerido com transparência. A ideia é exercer a representação política e promover a participação da sociedade e dos poderes Executivo e Judiciário na elaboração de novos marcos regulatórios que contemplem o aprimoramento e modernização da gestão pública brasileira”, afirma Pitiman.

PROGRAMAÇÃO:

• Dia 23 de outubro

Local: auditório Nereu Ramos – Câmara dos Deputados

8h30: Café da manhã 
9h00 às 11h: Abertura do seminário com a presença do ministro dos Transportes e apresentação dos objetivos gerais e dos temas e conferencistas do evento

11h30: Descolamento da Câmara dos Deputados para a ESAF

Local: Escola de Administração Fazendária

14h00 às 16h00: Debates
16h00 às 16h30: Coffee break
16h30 às 18h00: Debates

• Dia 24 de outubro

Local: Escola de Administração Fazendária (ESAF)

08h00: Descolamento da Câmara dos Deputados para a ESAF
08h30: Café da manhã
09h00: Debates
11h00: Encerramento
11h30: Descolamento da ESAF para a Câmara dos Deputados

Fonte: Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Gestão Pública

Publicada em:: 19/10/2012


Comentário do Blog Ferrovia Intermodal, novamente o mesmo problema, não se comenta nada sobre Conteinerização e Intermodalidade; que são os fatores básico para integração dos modais, enquanto o sistema de transporte Norte Americano e Europeu já desenvolveram e impĺantram desde a década de 80...

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